quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Refinaria da Índia compra usina brasileira por US$ 82 milhões


A maior refinaria de açúcar da Índia, a Shree Renuka Sugars , informou nesta quarta-feira que comprou a produtora brasileira de açúcar e etanol Vale do Ivaí, por US$ 82 milhões. "Era um ativo sob estresse", disse Narendra Murkumbi, presidente-executivo da Shree Renuka, ao canal de televisão CNBC-TV18, acrescentando que conseguiu reestruturar os empréstimos da empresa a juros baixos.
A compra inclui duas usinas de produção de açúcar e etanol com capacidade de moagem de cana de 3,1 milhões de t por ano, com um valor empresarial de US$ 240 milhões, disse a Shree Renuka. "Não vemos nenhum levantamento de dinheiro, nem em dívida nem em ações", para financiar a compra, afirmou Murkumbi.
A Vale do Ivaí, localizada no norte do Paraná, obtém 70% de sua cana-de-açúcar de suas próprias plantações e adiciona uma significativa capacidade de refino à Shree Renuka, disse o executivo.
Fonte: Notícias Agrícolas
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"Isso é bom para a companhia a longo prazo para garantimos matéria-prima para a refinaria que foi instalada em Haldia e uma outra que deve operar em Mundra no próximo ano", disse um analista de uma corretora local que pediu para não ser identificado.
A aquisição oferece para a companhia indiana uma oportunidade de entrada no Brasil, maior produtor e exportador mundial de açúcar, e aumentará a competitividade da empresa no mercado global do setor, segundo a Shree Renuka.
A empresa indiana espera ter o controle operacional da Vale do Ivaí a partir de janeiro e visa aumentar seu tamanho nos próximos anos, projetou Murkumbi. "Basicamente, nós vamos buscar mais dessa produção de açúcar para nossa refinaria em Haldia em 2010."
Murkumbi indicou que a companhia pode realizar novas aquisições no futuro. "Nós vamos continuar em busca de aquisições que façam sentido."
Os preços do açúcar bruto quase dobraram em 2009, em meio à robusta demanda da Índia, que deve comprar cerca de 6 milhões de t em 2009/10 por conta de acentuada queda da produção doméstica.
As ações da companhia mais que triplicaram em 2009 devido aos fortes preços domésticos do açúcar, que saltaram mais de 80% até o momento.

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