
O sistema funcionará de maneira semelhante ao do celular
pré-pago, que já conquistou 80% dos usuários. A agência faz no momento consulta
pública para finalizar a regulamentação do sistema. Pela norma, a mudança deve
ser gratuita para o cliente. A concessionária instalará novos medidores, que
mostrarão a evolução dos gastos e o crédito remanescente.
Não deverá haver limite para a quantidade de recargas. Cada
aquisição pode começar com 1 kWh, que custa hoje cerca de R$ 0,50 e é o
equivalente a uma lâmpada fluorescente compacta ligada por cerca de duas horas
por dia, durante um mês.
Quando os créditos estiverem prestes a terminar, o
equipamento dispara um alarme visual e sonoro. A recarga poderá ser feita pela
Internet, por telefone e em pontos de venda cadastrados. A participação das
concessionárias é opcional, e as que aderirem terão até três anos para
implantar o sistema.
Para a Aneel, o novo sistema vai proporcionar mais economia
no consumo, diminuir os custos de mão de obra na medição, cortes e religações e
também com o envio de faturas. O novo sistema também tem como objetivo, reduzir a inadimplência.
A agência não divulgou, porém, o número de distribuidoras
que já manifestaram interesse no sistema. Para os usuários, as vantagens são
mais controle dos gastos e o fim da obrigação de pagar a tarifa básica.
Uma crítica já levantada por órgãos de defesa do consumidor
é que os consumidores de baixa renda correriam mais risco de ter o fornecimento
interrompido. A Aneel argumenta que a suspensão ocorre nos dois regimes.
PROJETO PILOTO
No Brasil, há projetos pilotos em São Paulo, no Rio e em
regiões do Amazonas. A regulamentação deve ampliar o sistema para todo o país.
A Aneel diz que, nesses locais, o consumidor passou a usar
melhor a energia. "Quando os créditos estão acabando, elas passam a tomar
banho mais morno e mais rápido e a assistir menos TV. Ter a exata noção do
gasto só é possível no sistema pré-pago", disse o superintendente de
Regulação da Comercialização da Eletricidade da Aneel, Marcos Bragatto.
0 comentários:
Postar um comentário