segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Disfunção erétil é um mal que atinge mais de 50% dos homens


Algumas doenças podem ser as responsáveis em causar a disfunção erétil, como hipertensão, tabagismo, diabetes, doenças cardíacas, doença vascular periférica e anormalidades lípicas no sangue.
“Um histórico de diabetes ou alcoolismo pode ser a causa de problemas neurológicos. Outras causas neurológicas, como esclerose múltipla, lesão da medula espinhal ou lesões cranianas, também podem ser detectadas no processo de diagnóstico”, diz o especialista.
A disfunção erétil é um mal que afeta mais de 50% dos homens entre 40 e 70 anos em todo o mundo. Para quem nunca ouviu falar, a disfunção erétil se diz respeito à dificuldade ou impossibilidade de um homem ter ou manter uma ereção peniana que proporcione uma relação sexual satisfatória. Mesmo sendo algo comum no universo masculino, é uma expressão que traz uma forte carga emocional negativa.
“É muito comum, o homem que passa por este problema ficar frustrado, principalmente os mais jovens que estão no vigor da vida sexual. A disfunção erétil pode estar ou não associada à ejaculação precoce ou inibição do desejo sexual”, relata Dr. Oskar Kaufmann, doutor em Urologia, especialista em cirurgia robótica em urologia, Membro da Sociedade Brasileira de Urologia, American Urological Association, Endourological Society e integrante do corpo clínico dos Hospitais Albert Einstein e São Luiz.
“A persistência do problema é causa importante do comprometimento da qualidade de vida, por se transformar num problema crônico”. O número de homens com disfunção erétil no Brasil, segundo estudos demográficos, aumentará proporcionalmente ao envelhecimento da população.
De acordo com Kaufmann, a ereção começa com estímulo físico e mental. Impulsos do cérebro e dos nervos fazem com que as terminações nervosas do pênis liberem óxido nítrico (NO), levando os músculos lisos dos corpos cavernosos ao relaxamento, aumentando a largura das cavidades, semelhantes àquelas encontradas no tomate, e permitindo que se encham com o fluxo de sangue.
Fonte: RIBEIRÃO PRETO ONLINE
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O sangue faz pressão, levando o pênis a se expandir. A ereção ocorre quando o tecido esponjoso se enche completamente de sangue. A túnica albugínea retém o sangue ao comprimir as veias, mantendo assim a ereção.
O processo se inverte quando outro conjunto de nervos libera a adrenalina, que faz os músculos contraírem, minimizando a entrada de sangue e aumentando a saída.
Para que o homem tenha uma ereção requer uma sequência de eventos. Quando iniciada, a ereção sexualmente estimulada se mantém por meio de uma complexa interação entre nervos e vasos sanguíneos.
Os músculos precisam relaxar, as artérias precisam dilatar e as veias precisam se contrair - tudo ao mesmo tempo. Se alguma coisa perturbar essa sequência de eventos, o indivíduo poderá ter disfunção erétil.

Fatores psicológicos

Todo homem pode ter dificuldades para manter uma ereção em algum momento da vida. Fadiga, ansiedade e consumo excessivo de álcool, entre outros fatores, podem causar um problema ocasional.
Em algumas situações, homens que vivenciam uma incapacidade súbita de manter uma ereção, quase sempre revelam também uma origem psicológica para o problema.
“Assim, como uma ereção pode se manifestar apenas do homem pensar em sexo, também os pensamentos negativos como, por exemplo, problemas financeiros, desentendimentos com a parceira ou problemas no trabalho podem impedir que o homem tenha ou mantenha uma ereção. De modo geral, homens com esse tipo de problema de ereção continuam a ter ereções enquanto dormem ou quando se levantam pela manhã”, ressalta o especialista.
Quando a situação persiste, muitos homens demoram ou têm duvidas da necessidade de procurar ajuda. Para o Dr. Oskar Kaufmann, procurar um tratamento é muito importante até para a qualidade de vida emcional e sexual do indivíduo.
Segundo o especialista, é necessário procurar um urologista quando o homem nunca ou muito raramente tem ereções enquanto dorme ou quando se levanta pela manhã, quando não consegue uma ereção, quando tenta se masturbar e não consegue manter a ereção até a ejaculação, quando tem uma ereção apenas pouco antes da ejaculação, quando não obteve nenhuma melhora nas ereções ao usar alguma outra forma de tratamento e, finalmente, tem pouco ou nenhum desejo (libido).
“Mas, se o homem consegue ter ereções quando se masturba ou quando está com alguém diferente de seu convívio íntimo, é possível que não haja problema orgânico, apenas um problema de relacionamento com a pessoa em questão”, completa.
Algumas doenças podem ser as responsáveis em causar a disfunção erétil, como hipertensão, tabagismo, diabetes, doenças cardíacas, doença vascular periférica e anormalidades lípicas no sangue.
“Um histórico de diabetes ou alcoolismo pode ser a causa de problemas neurológicos. Outras causas neurológicas, como esclerose múltipla, lesão da medula espinhal ou lesões cranianas, também podem ser detectadas no processo de diagnóstico”, diz o especialista.
O urologista deverá verificar se existem outras possíveis causas importantes de disfunção erétil, como cirurgia pélvica radical, radioterapia, doença de Peyronie, lesão pélvica ou peniana, prostatite, câncer de próstata, priapismo (ereções persistentes e anormais que impossibilitam a penetração e podem causar dano permanente ao pênis) ou problemas urinários.
Além disso, é preciso saber se o paciente usa medicamentos ou drogas ilegais. Cerca de 25% de todos os casos de disfunção erétil, segundo Kaufmann, são causados por medicamentos prescritos para outros problemas de saúde.

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